quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Maldade Está Nos Olhos De Quem Vê

Uma pessoa que fez algo de errado pode ser a mesma pessoa que já fez tudo certo e se cansou.
Quem nunca quis jogar tudo para o espaço?

Uma pessoa que se vende por dinheiro pode ser a mesma pessoa que precisa dele para sobreviver.
Quem nunca entrou em desespero para poder respirar em meio a um sufoco?

Uma pessoa que maltrata outra pode ser a mesma pessoa que cansou de amar.
Quem nunca agiu por impulso e se arrependeu depois?

Uma pessoa que fala sem pensar pode ser a mesma pessoa que esquece de consultar o cérebro para raciocinar.
Quem nunca falhou, visto que errar é humano?

Uma pessoa que mata outra pode ser a mesma pessoa que tem medo das conseqüências da vida.
Quem nunca ficou aflito ao pensar no futuro?

Uma pessoa que se vinga pode ser a mesma pessoa que já não crê em Deus.
Quem nunca quis vender o próprio coração, mas foi taxado de careiro?

Uma pessoa suicida pode ser a mesma pessoa que já não sabe sonhar.
Quem nunca se perguntou por quê a vida tem lhe feito penar?

Uma pessoa que se torna fria e calculista pode ser a mesma pessoa que amou e não foi amada.
Quem nunca abriu o coração e acabou o deixando em pedaços?

A maldade está nos olhos de quem vê ou no preconceito de quem pensa ter razão. A verdade é relativa, tem muitas facetas, mas para se compreender o que ela quer passar é preciso ter bom senso e imparcialidade.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Férias De Verão

Ah, as férias de verão! Como é gostoso estar de férias depois de um ano tenso e longo. Muitos estudaram o bastante para passar em um vestibular, estão exaustos e merecem o bendito descanso das férias, outros trabalharam bastante e precisam de um tempo para viver.

Durante as férias tudo é fabuloso, a vida parece mais leve, nada pesa em nossos ombros, estamos livres da rotina de um ano inteiro suando. Com a mesma roupa que acordamos ficamos. Pra quê se arrumar? Estamos de férias!

O tempo vai passando e a gente continua leve, livres para voar aonde quisermos; somos lindas borboletas prontas para viver uma vida intensa.

Faz alguns meses que não saímos para algum lugar, nossas mentes estão ficando loucas, a sensação de vivermos dentro de uma prisão já é fato. Estamos ficando estressados, um mês se passou desde que as férias começaram, mas parece uma eternidade.

Há dias em que a gente acorda mal humorado, qualquer coisinha tira a gente do sério. Existe alguma força maligna que nos faz acordar com vontade de gritar à plenos pulmões palavrões mais explícitos que a língua portuguesa já viu. Só o fato de saber que teremos que viver mais um dia entediante em nossas vidas, nos faz querer ficar na cama o dia inteiro esperando que este maldito dia passe e que chegue logo o dia de amanhã, o qual poderá ser mais frio que este ou um tantinho mais alegrado.

Acredito que muitos imaginem estar com depressão, quando na verdade estão apenas cansados da velha e humilde rotina que levam agora. As férias nem sempre são felizes, nossos amigos viajam para lugares fádicos, as festas por aí cessam, nosso computador quebra, etc. etc. etc... Na televisão o de sempre: de manhã, desenhos animados; à tarde, programas chatos de auditório; um filmezinho deslavado, em seguida; depois os jornais; as novelas - puts, não tem como assistir às novelas -; e no fim da noite, alguma variedade chata - é, reconheço, eu conheço toda a programação da rede aberta de televisão.

Não dá para assistir televisão, então você resolve assistir um filme; é, um filmezinho às vezes cai bem, duas horas de entretenimento sem limites, mas o caso é que essas duas horas acabam, o que você fará depois?

OPÇÃO A: assistirá mais um filme, sabendo que os filmes que você tem em casa são do tipo: bang bang, comédia sem graça e terror que não assusta nem a sua avó;

OPÇÃO B: assistirá mais uma vez o filme que acabara de assistir - haja saco!;


OPÇÃO C: assistirá a programação entediante da tevê aberta;


OPÇÃO D: sairá pela rua sem rumo à fim de passar o tempo - está chovendo forte;


OPÇÃO E: irá assinar tevê à cabo para não morrer à míngua em uma vida tão entediante - o instalador chegará em três semanas, então desconsidere esta opção horrível.


Não importa a sua escolha, todas resultam em mais um dia terrível que você vai querer apagar para sempre. A melhor coisa a se fazer em uma hora como essas é tentar se divertir com o que tem a sua volta; tudo bem que não são muitas coisas, mas pelo menos você tem sua mãe na cozinha fazendo o jantar - isso se você não tiver empregada ou mora sozinho - vá até ela e puxe um assunto - isso deve ser a coisa mais difícil para adolescentes de hoje em dia -, não peça dinheiro! Se ela te ignorar, simplesmente vá até o seu quarto e tente dormir até o outro dia, porque as coisas realmente não vão bem.

Bom, o dia já está quase no fim, amanhã você estará livre, amanhã você poderá acordar inovado, amanhã é domingo!!!
- Não!!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O Autor Do Submundo

Ele escreve o destino dos mortos e critica a beleza das paisagens noturnas.

Não foi ele quem fez o destino, ele apenas o escreveu; sua crítica é algo passional à sua forma de viver, na verdade, vive pela crítica, em função dela. Encara o mundo com olhos de cobra, porque quem pisca perde um segundo de tempo, que é mais do que o necessário para poder enxergar o que muitos não conseguem ver. Um segundo dura muito pouco para aqueles que não sabem viver, mas dura o quanto for necessário para que muitos possam enxergar a vida passar diante de seus olhos.

A dura e fria realidade de um submundo injusto é algo a ser discutido, o Autor do Submundo precisa estar em todos os lugares ao mesmo tempo para poder varrer as ideologias tolas de pessoas com a cabeça tão vazia como um pedaço de madeira. Pessoas que neste contexto em que o mundo está atualmente não mais sabem raciocinar, não sabem questionar, nem se quer sabem ouvir direito o que muitos querem lhe explicar; parecem mais máquinas sem sentimento, robores programados para viver uma vida normal, drástica - no caso do submundo - e em função de donos, que mandarão nessas pessoas como se elas fossem propriedades suas.

Não é preciso acreditar em um ser superior para poder ser uma pessoa melhor, que ajuda a outra, que se sacrifica para poder ser compreendida, para poder passar seus sentimentos e conhecimentos; não é preciso crêr, basta querer fazer deste mundo algo mais confortável e confiante de se viver.

O Autor do Submundo às vezes não dorme de preocupado com a vida, não sabe o que é preciso ser feito para mudar a mente de quem não sabe amar, não gosta de ver pessoas maltratando o planeta, não consegue compreender o que se passa na cabeça de um sujeito que diz que Deus lhe dará o que precisa e que não vai se preocupar com nada.

Não foi ele quem fez o Submundo, ele apenas vive nesse contexto.