quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Geração Das Redes Sociais

Velocidade... Corra! Faça cinquenta coisas ao mesmo tempo! Não deixe o tempo passar! Mas ele passa... Ele passa cada vez mais rápido para os jovens adultos do século XXI. Os dias estão durando menos? Ou será que são as pessoas que estão sempre ocupadas demais? Se você está chegando aos 20 anos agora, saberá exatamente o que eu estou falando...

As pessoas têm tantos amigos em redes sociais, que isso assusta. Como pode uma pessoa conhecer tanta gente? Será que ela realmente conhece? Será que só conhece ali no mundo virtual? Ou será que ela apenas se camufla no meio da multidão e acha que tem muitos amigos? Quem tem muitos amigos, na verdade, não tem nenhum. Não se pode ser amigo de todos da mesma forma, do contrário você não será amigo de nenhum; não saberá dar atenção a todos da mesma forma, porque se você o fizer, não estará dando atenção especial a nenhum, apenas a mesma atenção; conversará com todos ao mesmo tempo, e na verdade não conversará com ninguém, porque terá pressa em responder todos e acabará não respondendo nenhum.

Esta é a geração da solidão. A geração em que as pessoas querem ser vistas, querem chamar a atenção de todos com seus posts nas redes sociais. Querem que todos reparem em suas vidas fantasticamente melhores, mas não percebem que todos fazem a mesma coisa nessa louca cidade da comunicação, e ninguém acaba respondendo ao outro procurando conforto para seu próprio ego. É como morar sozinho em uma ilha e querer que as pessoas que moram nas ilhas vizinhas venham visitá-las, mas o maior problema é sair de sua própria ilha. Ninguém quer nadar e se arriscar e sair de seu próprio conforto em sua ilha para poder visitar o outro que se encontra em apuros.

A solidão é a nova companhia... Então encontre a sua! Alguns encontram a companhia nas drogas, outros nas próprias redes sociais, outros nos jogos eletrônicos, outros nas músicas... Mas acabam não percebendo que companhia diz respeito ao encontro de dois seres pensantes, e não de amigos postiços e seres imagináveis. A melhor companhia ainda é aquela que pode bater na sua cara e fazer você se redimir com o mundo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Fim Do Mundo

Um barulho estranho ecoou sobre os meus ouvidos, que já estavam bem atentos sobre esse bendito dia datado como o fim de tudo. Aprecei-me em sair de casa e olhar para o céu... A imagem assustadora de um objeto amarelo misturado com laranja e vermelho brilhava com uma magnitude plena e perfeita, e se eu não estivesse tão arrepiado de medo, eu sorriria. Era um pedaço do que parecia um fio que se estendia de horizonte a horizonte, sem precedentes; simplesmente magnífico. Nessa hora eu confesso que eu surtei um pouco, justamente por eu ser um ser humano provido de medos e temores. O barulho permaneceu. Parecia trovões baixos mas contínuos, em um tom apenas, cessando por alguns segundos, mas voltando em seguida.

Senti-me hipnotizado... Era como se o céu dançasse... Mas era uma dança tão sexy, que dava calor, e me instigava a apenas olhar, e olhar, e olhar... Aquelas ondas passavam de um lado para o outro, dançando com alegria e sentimento; e eu ali, sozinho... Era como se ela me seduzisse... Eu queria dançar... Mas só fui reparar quando eu já estava dançando... Senti-me livre, um animal solto na selva; apenas eu e a natureza, eu não estava mais sozinho.

Era o fim de tudo... Não tinha para onde correr, então eu apenas dançava como se aqueles fossem os meus últimos momentos ao prestigiar a natureza e a vida dentro de mim. Emocionei-me... Viajei... Vários momentos de minha existência brotaram em minha cabeça; foi mágico! Um sentimento que eu nunca esquecerei, um êxtase, uma loucura! Eu estava louco, eu confesso... Tão louco a ponto de ver as nuvens dançarem junto com aquele fio de fogo bailando pelo céu, as nuvens pareciam insanas! Não tanto quanto eu, mas insanas... Eu só queria sentir os sentidos... Só bastava a sensação.

Uma explosão final, como uma virada de bateria antes do fim da música, e pronto... Estávamos todos mortos... Deus chegaria dali algum tempo... O que eu falaria para ele? Usaria gírias? Será que Deus é um cara legal? Ou será que ele é como um crente que bate na porta da minha casa toda sexta anoite me chamando pro culto da igreja dele? Sei lá, meu irmão... As coisas coisas começaram a ficar mais engraçadas... Será que era Deus trazendo sua alegria para o meu espírito? O céu começara a derreter, e eu ri tanto, que minha barriga doía... Que ironia, não havia fim, e sim um louco com ácido na mente.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Egocentrismo (Derradeira Calamidade)

... e não havia como punir ninguém a não ser punindo a si mesma para fazer com as outras pessoas se sentissem culpadas. Era como tomar veneno esperando que a outra pessoa morresse. Ela simplesmente queria a atenção de todos para si mesma, como um pequeno cachorrinho desesperado. E o devido tratamento das pessoas quanto aos pequenos cachorrinhos é a ignorância. O pequeninos tentam fazer de tudo: xixi dentro de casa, pegar objetos "não-cachorríferos" na boca, pular em cima de todo mundo... enfim... Eles tentam de tudo para poderem saciar o desejo de serem adorados por todos. Como animais que são, os humanos fazem a mesma coisa, mesmo que eles neguem com toda certeza de seus corações, eles em algum momento da vida querem a atenção toda para eles, justamente para saciar esse mesmo desejo de apreciação. E quando são ignorados entram em desespero: choram, tentam ser engraçados, ficam muito tristes, sentem-se sozinhos, sentem-se idiotas, sentem-se indesejáveis, sentem-se qualquer coisa! A cabeça parece travar e a mente procura apenas alguma maneira de obter o olhar alheio para o si, para seu Ego, numa doença crônica e muito distintiva denominada Egocentrismo. Muitas pessoas - e eu já convivi com várias para poder dizer com propriedade - se dizem depressivas só para poderem ter a atenção antes dispensada por terceiros, e ainda...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A Ironia Do Sorriso (Derradeira Calamidade)

... então ela olhou para a Morte, e disse: "estou cercada de pessoas, por todos os lados, mas cada uma com seu maldito mundo individual e isso me deixa mais só do que qualquer outro neste espaço do Universo. Sinto-me perdida! O acaso é apenas o acaso... Nada mais do que uma coincidência infeliz! Não existe sinal! Não existe nada! Além desse buraco infeliz em meu peito. Leve-me logo de uma vez para que eu não sinta mais nada nunca mais, por favor!".

A morte apenas olhou para ela, com olhos inexistentes e perdidos no frio limbo, e apenas acenou com a cabeça, e se ela tivesse rosto, todos poderiam dizer que ela sorria; mas era um sorriso tão desgraçado e misericordioso, que isso a transformava em uma pessoa, um ser-humano, também! Demonstrando que...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sobre O Sobre

Ando nos sonhos mais longos, paisagens atônitas, pura ilusão!
Amanhecera outro dia... História nova, longos anzóis...
Perder a meada, andar pelos ventos; enxergar atento, pura ilusão!
Corto o tempo, vivo o momento, não enxergo os faróis...

Corro, passo
Vivo, abraço
Morro, de novo
Mencaixo...

A face da face daquele que não desfaz a face...
Pura ilusão!
O momento que me atento não é lamento...
Pura ilusão!

Renasço, fênix
Cinzas me traduzem
A Imparcialidade das cores imundas
O meio termo da divindade

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Corredor

Eu me vejo caminhando em direção a um corredor escuro e esquisito... Um corredor que parece não ter fim, um caminho que me levará a beira de um abismo, mas eu não consigo parar de caminhar: a sede pela auto-destruição consome o meu ser! Eu não posso resistir, eu preciso chegar lá! Pode acontecer mil coisas, e pode até ser bom sentir aquela velha queda outra vez me puxando com todas as forças da gravidade, é como um mal necessário, eu preciso passar por isso outra vez.

Eu tento estreitar os meus passos, mas parece que o chão virou uma esteira e continua a me puxar... Eu não posso fazer nada a não ser me entregar, deixar-me levar... Ir embora... Ser sugado... Mesmo sabendo que o que o corredor escuro e esquisito me reserva, eu tenho muita vontade de conhecê-lo e chegar até o seu fim, eu sinto a gravidade chamar o meu nome aos berros, e ela me deseja como ninguém. Ela precisa sentir o meu corpo se espatifando e se distorcendo e perdendo os traços e afundando e se mesclando à sua superfície... Ela deseja o meu sangue! E eu desejo que ela tenha o meu sangue... Muito engraçado... Essa sensação... Cair, cair, cair...

E quando eu me aproximo do fim do corredor, eu reparo que ele está apenas lacrado, um muro me impede de passar, e simplesmente eu não posso voltar atrás, tenho que me manter de fronte ao muro até que ele possa se desfazer com o tempo e eu possa finalmente cair e deixar-me levar... Finalmente encontrar o verdadeiro significado da minha existência... Até lá, continuarei a observar o muro...

sábado, 11 de agosto de 2012

Vida

A vida é simplesmente a vida... Vida... Viver... Respirar... A vida... E se nossos pais não tivessem se conhecido? Estaríamos vivos ou seriamos apenas a sombra da nossa existência? E se essa sombra da nossa existência for a nossa morte e não existir nada além do próprio viver? Nada de Deus, nada de Céu, nada de Inferno... Nada! E se isso for apenas folclore? Por que entre tantos espectros espalhados pelo Universo, você foi o escolhido para se sobressair e ganhar esse corpo pensante? Por quê?!

Pensamentos complexos sobre a vida, que não fazem o menor sentido, e que nós, seres humanos, somos completamente ignorantes para podermos ter certeza sobre toda essa loucura generalizada. Quem sabe um dia, daqui mais um milhão de anos nós possamos usar, quem sabe, metade de nosso cérebro e nos comunicarmos através do pensamento?! Esse não é um raciocínio muito longe da realidade... O ser humano não é um projeto final, o tempo não vai parar e simplesmente manter essa nossa forma para sempre... O tempo não para, e com ele vai tudo, e ele destrói e constrói... Não tem como parar, não tem como voltar, não tem como avançar, estamos presos dentro de um espaço de tempo estranho... É como se nós estivéssemos dentro de uma caverna completamente escura, onde tivéssemos uma lanterna que só iluminasse um metro a nossa frente, e nós não pudéssemos parar de caminhar, caso contrario, morreríamos, e enquanto caminhamos iluminamos apenas a nossa frente, enquanto os passos dados lá para trás ficariam completamente na escuridão e guardados em nossas memórias. É assim que a vida funciona: de forma progressiva e inalterável; não existe a possibilidade de voltar atrás e re-iluminar aquilo que já foi apagado com o tempo da caminhada.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Madrugada

O lado positivo de se viver na madrugada é que parece que tudo é mais audível e relaxante. Todos estão dormindo, carros não passam mais pela rua... Tudo em silêncio... Qualquer sonzinho que você fizer se torna um barulho de verdade: estridente e alarmante. É tudo tão calmo, que deixa a gente com vontade de querer que esse espaço minúsculo de tempo, que parece durar menos que as horas comuns, dure muito mais... Infinitas horas de silêncio profundo e atenciosa concentração.

A madrugada é o período do dia reservado para o momento de orgasmo cerebral, onde todo o dia vivido é despejado de forma praticamente involuntária, seja através dos seus sonhos enquanto você está dormindo ou através de seu raciocínio e inspiração. Pensamentos voam... Sonhos acontecem... É como a finalização do dia anterior se acostumando com a ideia do dia que está por vir: um prelúdio, uma transição, um prólogo... E a vida amanhece junto com o sol, onde milhões de pessoas acordarão e seguirão suas vidas em seus respectivos afazeres, enquanto outras estarão dormindo, invertendo completamente os papeis de outrora. E tudo segue exatamente rotineiramente, no script, como músicas que se repetem infinitas vezes em vários estilos e melodias espalhados por todos os lados.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Solidão

A solidão me conforta. O tempo comigo mesmo ao meu lado, também. Eu ando por ruas tão perdidas, que o infinito dentro de mim mesmo se torna pleno e profundo demais para pode dividir com outras almas por aí espalhadas. Varro a minha mente... medito. Chego a lugares onde eu jamais chegaria se não tivesse ali comigo mesmo e mais ninguém. Não que eu não goste de uma boa companhia, mas estar sozinho é sempre a melhor terapia do espírito humano.

A solidão me conforta... Saber que eu posso mudar, controlar e gerenciar coisas dentro de mim é o que me faz muito mais humano do que eu seria se eu não tivesse tempo para mim mesmo, a sós. Converso comigo mesmo dentro da minha cabeça, tenho inúmeras conversas, inúmeros diálogos, inúmeras indagações, inúmeros... inúmeros! Falo comigo mesmo em voz alta, dou-me ao luxo de impedir a mim mesmo de agir de certas formas, eu controlo o animal dentro de mim, mesmo que às vezes ele pareça indomável. Eu ando, eu fujo, eu ignoro, eu domino, eu surpreendo a mim mesmo, e eu digo: "toda vez você erra e continua errando", falo como se eu fosse mais esperto do que eu mesmo; divido-me em dois: um, o esperto, que sempre age com a razão; o outro, o animal, que age como um asno e que leva tudo pelo lado do coração.

Quando sozinho pelas ruas escuras, eu percebo que não estou só, minha mente está comigo, e o meu coração bate me fazendo companhia. Olho para a Lua, que muitas vezes se esconde com vergonha de mim, e descubro o quanto a vida é bela, e o quanto ainda temos que caminhar por noites escuras para podermos entender o valor que as coisas tem. Todos nós precisamos desses momentos de "fechado para balanço", todos nós... Conhecer-se a si mesmo, eis a palavra chave.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Subconsciente

Subconsciente é o piloto automático do nosso sistema nervoso: aquilo que você faz e nem se dá conta, ou aquilo que você se questiona por ter feito sem pensar. O subcosciente é o não pensar, é o agir da forma como nosso arquétipo ordena; é, acima de tudo, a natureza de nossa alma, a primitividade que assola a nossa existência - o nosso lado animal.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Limbo

Pensamento... Pensamento... Pensamento... Ele voa... E como voa! Somos capazes de pensarmos sobre tudo, sem limites. Podemos flutuar e viajar para lugares confortáveis e desconfortáveis, podemos pensar sobre qualquer coisa neste universo. Posso ficar feliz por pensar em algo, ao mesmo tempo em que posso ficar altamente triste por pensar em outra coisa... Posso ficar com raiva, com vergonha, com remorso... Simplesmente não há limites. Tanto que como todo universo, nossa mente tem um buraco negro, onde nós visitamos nos momentos de desespero, e nesse buraco você se sente completamente em queda livre, em desespero, é o momento em que você deseja abandonar seu próprio corpo do mesmo jeito que você abandona um trem quando ele entra em colapso com outro. Mas a única pergunta é como abandonar o navio da nossa mente? Como simplesmente pular daqui de dentro? Como se sentir livre? É como se nós fossemos presos em nossa própria mente, nosso próprio corpo, algo tão claustrofóbico, que nós mesmos nem percebemos até visitarmos esse lado escuro de nossa própria mente.

Quanto mais você cai, mais você sente medo de onde dará essa queda, e se quando você cair irá doer tanto quanto se fosse uma queda física. Mas essa queda mental é ainda pior, o medo nos comanda, e nós simplesmente não nos controlamos, a vontade de abandonar tudo e simplesmente ficar livre de viver é maior do que qualquer outra vontade. Simplesmente morrer... O desejo da liberdade, do alívio. Se a queda for muito feia, as sequelas permanecerão, e nunca cicatrizará, e o medo da vida passará a nos atormentar por toda a nossa existência. Uma vez que você visite o Limbo da mente, você saberá o caminho para lá novamente, mesmo que tente se esquecer; o seu cérebro não o deixará esquecer, e nada o fará esquecer aquilo que vivenciara em tal lugar. Só o tempo pode fazer com que você apague algumas trilhas que o levem a essa derradeira ilha da mente. Mas ela continuará lá, nunca será apagada, assim como todas as memórias de longo prazo que se mantém no seu magnífico cérebro.

Uma vez que você recobre a consciência, a vontade involunatária de voltar a cair pelo Limbo da mente será irresistível. Nosso cérebro é mais forte, mesmo que nós tentemos nos controlar. Você viverá assim por um tempo, sempre a beira do abismo, até que o tempo o faça se distanciar, e se recuperar, ou simplesmente se manter caindo e levantando o tempo todo, numa insanidade sem fim. E você não saberá mais o que é o Limbo e o que é o lugar confortável de sua mente, e assim você viverá, apenas tentando se manter consciente do lugar em que você está, e verá coisas que outros não vêem... Eis o perfeito estado da insanidade.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Seja-o!

O sol se pusera... Finalmente! Pude ver a grande obra prima do Universo. Cores que variavam entre azul turquesa, cinza, amarelo, laranjado, rosa e vermelho. Quão belo é o nosso mundo?! Quão perfeita é a vida?! O fascínio das coisas simples é o mesmo fascínio do delírio que rege a paz dos desabrigados. É tudo tão simples... Não precisa de muito esforço. Apenas o "apenas"... Enquanto o céu se desenhava de uma maneira fantasmagoricamente perfeita, eu descia em seu caminho. Caminhava... Apenas por caminhar. Sem destino, sem nada na cabeça... Após uma longa tempestade, sempre o sol se apresenta, e se mostra e se expõe, com toda sua glamorosidade.

A vida é simplesmente a vida. Não espere muito. Você não vai levar nada daqui. Apenas a vida e os momentos é o que realmente importa, nada mais... Dinheiro, amores, conquistas... Nada! Você só leva os momentos que as pessoas recordarão, isso é o que te faz eterno e infinito. Não que as outras coisas não tenham valor algum, mas elas não são tão eternas quanto a eternidade de suas atitudes que escreverão a sua história por este magnífico Universo. Portanto, não haja segundo a cabeça de outro, porque o que realmente importa é o que importa para você; nem "Deus" pode julgar você, afinal, ele o criou assim, e se você não é do jeito que ele gostaria que você fosse, então o errado é ele por ter te feito assim.

Agir segundo os próprios princípios... É disto que estou falando. Só você sabe o que realmente é bom para você, e ninguém mais, porque ninguém está dentro da sua cabeça ou do seu subconsciente... Só você pode fazer melhor do que você. Não é nenhuma lição de moral, nem um pedido para salvar o planeta Terra dos seres humanos malvados que existem por aqui, é apenas um soco na consciência... Só isso. Leve consigo apenas o que é conveniente para ser levado consigo, e esqueça os preceitos que o deixa desconfortável. Seja-o!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sobre A Forças Do Universo

O conforto do desconforto assola o meu peito. O perto se torna longe em menos de cinco minutos, e eu simplesmente me deixo cair, deixo-me levar... Para longe... Muito longe... E não encontro outro jeito de voltar ao ponto de partida. Parece que tudo está desfigurado, impossível de ser reconstruído. As forças magnéticas estão opostas a mim, enquanto eu sou o pólo positivo, ela também o é. Sempre que me aproximo, acabo sendo puxado para trás, como se nossas energias fossem idênticas. Estamos na mesma frequência e com o mesmo pólo negativo, e não positivo.

O Universo tem um plano. Ninguém sabe qual é. Ele apenas aponta, ele apenas indica, ele apenas... Ele sabe. Ele talvez seja aquilo que nós chamamos de Deus. A Maré, talvez, seja Deus. As forças do Universo que regem os nossos caminhos e unem energias e separam outras, como se tudo ao nosso redor fosse electromagnetismo. Na verdade, tudo é... Estranho. Você deseja algo, você conquista. Você almeja algo, imagina-se com aquilo, e então se torna seu. Esse é O Segredo do Universo. Existe fé?! Talvez... Se você acredita, então você conquistará algo, não importa o mínimo que seja; se você não acredita que aquilo possa ser seu algum dia, então, meu amigo, você será um perdedor nesta vida.

Mil caminhos me levam a ela. Mil caminhos! Mil! Mas há apenas um destino, e não apenas caminhos. Não importa o quanto você ande, o seu destino é aquilo, e acabou. Não adianta você tentar agir contra a Maré, não se esqueça de que a Maré é Deus! As forças estranhas que organizam as coisas. Forças que nos puxam o tempo todo, e nos afastam, como eu disse anteriormente. Então, se você tem mil caminhos, siga um deles, não fique parado, esperando que o destino chegue a você. A estrada é longa, o caminho é você quem faz. Seguir uma estrada limpa pode ser bom, mas seguir uma estrada cheia de buracos pode ser ainda mais recompensador, porque você se tornará mais forte quando chegar lá: você terá maior resistência.

As circunstâncias acabam se tornando levianas. O caminho que eu tenho a seguir é o mesmo caminho que eu desejaria deixar para trás. O que mais importa agora é ser quem eu sempre fui, seguir minha vida, seguir minha cabeça. Comemorar cada dia vivido, e não apenas viver por viver. Não vale a pena viver por viver! A vida é uma dádiva para quem sabe como a manejar. Não deixe ela te levar sempre, guia-a quando você puder.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Atalho Para O Inevitável

... E ele sabia de seu destino, sabia o que iria acontecer. Agora, só o que restava era não fazer nada para que nada de ruim acontecesse. Pensava na possibilidade de enganar o destino, seria fácil, nenhum problema. As circunstâncias o levavam até lá, mas ele sabia que tendo noção de como não chegar lá, ele não chegaria. Simples.

A pressão em sua cabeça era muito grande. Ele não queria apenas assistir as coisas acontecerem, poderia não acontecer com ele, e ele se livrar daquilo tudo, mas havia outros pessoas envolvidas: o que fazer? A resposta veio em sua cabeça como uma bala de nove milímetros, rápida e impactante. Haveria de contar para todos a verdade, e acabar arcando com as consequências, porque fazendo isso ele não iria chegar ao lugar previsto pelo seu destino.

Ele se entregou, contou toda a verdade para todos. Ninguém acreditou em sua versão, acharam que ele estava louco. Ele tentou provar tudo, mas como provar o improvável? Não havia chão, não havia nada. Ele estava perdido. As coisas iriam acontecer, e ele apenas iria olhar para toda aquela situação, apenas assistir.

Quando o destino dita alguma coisa, não importa o quanto você tente lutar, o fim será sempre o mesmo... E desta forma, ele acabou chegando exatamente onde o destino quis. Mesmo sabendo de toda a verdade, ele não conseguiu desviar o trageto da bala, que explodiu e fez com que tudo se tornasse real. O fim era apenas o começo...

Aqueles Olhos

Não vejo mais aqueles olhos
Olhos dourados, pretos, castanhos
Olhos tristes, assustados, apaixonados
Olhos que me viam, olhos falhos

Procuro encontrar aqueles olhos
Vasculho outros olhares, outros amores
Olhos, olhares; olhos, tremores
Olhos que me veem, olhos dos nossos filhos

Olhos desfocados ainda me enxergam
Olhos redondos, olhos incertos
Olhos, olhadas; olhos que me afetam

Olhos cerrados, olhos inversos
Olhos maldosos, olhos me cercam
Olhos apaixonados, olhos perversos

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sobre O Amor

O amor é constituído por coisas tão simples mas ao mesmo tempo tão complexas, que é difícil de explicar. Você pode amar e manter a pessoa por perto, mas você também pode amar e querer a pessoa longe. É o sentimento mais estranho que o ser humano pode sentir: você desejar a presença da pessoa amada, mas não sentir atração física alguma por ela. ISTO é o AMOR: você estar longe, não manter contato com a pessoa, mas mesmo assim amá-la só pelo fato de ela estar viva. Saber que ela está viva te conforta. A energia dela está por aí, você pode sentir, não precisa estar por perto. Uma vez que essa energia sumir, você já não será o mesmo. Você ter certeza de que essa pessoa vai voltar para sua vida algum dia, isto é o amor.


Se você se sente amarrado a algo que não te deixa em paz e que sempre volta, não importa quão longe você jogue... Não lute contra isso, não vale a pena... É a maré... Ela traz tudo de volta, sozinha, você não precisa fazer nada. Simplesmente sinta e sofra, se não houver outra alternativa. Quando o amor bate à sua porta, você não pode deixá-lo lá fora, na chuva, você se sente culpado e quer convidá-lo a entrar e te fazer sofrer, isso é confortável, de certa forma.

A nostalgia é muito boa, mas lembrar dói. Lembrar dos momentos felizes, das brigas, dos momentos românticos, dos dias que você não conseguiu dormir se sentindo culpado ou com raiva... Mas tudo isso fará falta algum dia, por isso se você ama, aproveite, porque um dia essa rotina pode acabar. O amor, não. O amor, se for verdadeiro, continua. O amor não escolhe, ele apenas aponta.

sábado, 28 de abril de 2012

A Maré

É estranho como as coisas se organizam por si só, uma escolha nos dá mil respostas, e todas essas respostas respondem a mesma pergunta. É como querer driblar a água que cai da torneira, ou tentar fazer com que ela não caia no chão. Você pode retê-la o quanto quiser, uma hora não haverá mais baldes, bacias, frascos ou qualquer recipiente para guardar essa água, e ela caíra no chão. Não importa o que você faça, no fim, o fim será sempre o mesmo.

É como se houvesse um buraco, que puxasse todas as coisas para ele, como um imã que puxa tudo e reorganiza de acordo com as energias presentes nos corpos das pessoas. É tudo conexão! Tudo magnético! Nós não temos porra de escolha alguma, a não ser seguir o ritmo da maré. A maré é só uma, não importa para onde você fuja, uma hora ela te puxa. Você pode aguentar firme por algum tempo, mas uma hora você será puxado: é tudo física! Nenhum corpo tende a manter o respouso para sempre, tudo se move, nem que seja por menos de um milímetro.

A maré é que nos leva para outros lugares, e nós simplesmente devemos deixá-la fazer isso. Não importa o quanto você tente lutar contra ela, vai ser sempre uma luta cansativa, e sempre você vai terminar essa briga cansado, e sempre vai perder. É uma luta perdida. A partir do momento em que você coloca o corpo para fora do útero da sua mãe, você já é puxado para a maré, e você simplesmente deve deixar isso acontecer, ser guiado... A outra escolha é simplesmente morrer afogado.

Enfim... Não existe vitória contra a maré... Simplesmente se deixe levar, e fim de papo.

domingo, 22 de abril de 2012

A Maré (Ideia Inacabada)

É estranho como as coisas se organizam por si só... É como se houvesse um imã que puxa tudo e reorganiza de acordo com as energias presentes nos corpos das pessoas. É tudo conexão! Tudo magnético! Nós não temos porra de escolha alguma, a não ser seguir o ritmo da maré... A maré é que nos leva para outros lugares, e nós simplesmente devemos deixá-la fazer isso. Não importa o quanto você tente lutar contra ela, vai ser sempre uma luta cansativa, e sempre você vai terminar essa briga cansado, e sempre vai perder. Não existe vitória contra a maré... Simplesmente se deixe levar, e fim de papo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Coisas De Dez Da Noite

Falta... Falta? Falta de quê? Falta de quem? A falta faz falta. Sentir saudade, sentir aperto, sentir apenas por sentir... Sinta! Sinta o caminho dos espinhos amortecerem a queda do perigo das cachoeiras nefastas! Sinta! Apenas sinta! Nada mais...

Quem faz falta às vezes nem se dá conta disso, mas quem se dá conta talvez não dure tanto tempo a sua falta. Sentir falta faz parte, a vida passa, a vida leva, a vida passa por cima sem dó, e atropela tudo! A vida não tem pena... Você também não devia ter. A vida é apenas a vida, e foda-se o resto! Você controla ela? Não sei! Deus controla ela? Talvez...

Subir ladeiras é muito mais difícil do que descê-las... Quem sobe tem medo da descida, porque quando muito se desce, chega um ponto em que não se pode mais subir. Suba enquanto é tempo, porque senão a descida o levará para mais longe do que você jamais haveria de ter sonhado. Desça se tiver coragem, suba se tiver medo. Mas não fique parado, pensando! Faça acontecer, porra!

terça-feira, 27 de março de 2012

Deadmen Can't Walk

I walk... But a zombie can walk too. I need to know all the answers, but i don't have any questions. I'm hungry, but I don't have a freaking stomach. I'm just already dead but I haven't figure out. Walking... Walking... Walking... Where I need to go? Why I'm going back to begining if I just want to keep following my life? I swear I want that... I swear! But I can't... Look's like a powerfull fucking energy bringing me to her again, and again, and again! I feel like a fucking toy, incapable to do anything, just follow the song played by God.

That is too much to feel, too much to think, too much to live, too much to drink... I'm drunk... Again... I guess it's just another knowlegde to my life. I need to keep walking, even if I took round and round until it makes me sick and fall in the ground. I'll know I tried. Walking and fall... Walking and fall... Walking and fall... One day I'll catch it! One day... Until that, I'm just a man walking around: hopeless, fateless, mindless, 'faithless'... But deadmen can't walk, and I walk; so I'm not dead, I'm just lost in life... Trying to find my way, but my way is true? I'll keep walking...

quarta-feira, 21 de março de 2012

Desencontro

Desencontro o encontro que já estava marcado para ser encontrado, mas o encontro marcado nem sempre é o caminho a ser seguido. O desencontro se mantém nas lacunas do que poderia ser encontrado, mas o encontro que está previsto para acontecer, muitas vezes não ocorre por vontade do desencontro de não ser encontrado. Encontro-me no feixe que me leva aos lugares por onde passaram todas as feridas de um dia cicatrizadas, uma viagem sem precedentes.
Desencontro o encontro nos dias frios, mas quentes, de uma maneira confortante e viciante. O calor do encontro é o mesmo calor do coração apaixonado, batendo forte e preste a explodir de loucura. Um vício eterno desse encontro que não é mais encontrado. Encontro-me com o corpo preso e desencontrado, encontrando os encontros que ocorreram pouco tempo antes do encontro em si. Perdido no encontro que não era para ser encontrado, o caminho mais simples é o mesmo caminho das caminhadas vazias de fim de tarde, as quais meus encontros com os encontros anteriores se tornavam táteis e ao mesmo tempo fantasmagóricas.
Desencontro os fantasma do passado, do futuro e do presente, encontrando o desencontro com o que não era para ser encontrado. O desencontro se torna vazio por nunca ter sido um encontro e por não existir. O encontro com que não foi encontrado é o mesmo branco dos dias de sono não sonhado, sempre desencontrando, e desencontrando, e desencontrando... O desencontro é apenas o desencontro, e não um o encontro com o que não foi encontrado.