sábado, 28 de abril de 2012

A Maré

É estranho como as coisas se organizam por si só, uma escolha nos dá mil respostas, e todas essas respostas respondem a mesma pergunta. É como querer driblar a água que cai da torneira, ou tentar fazer com que ela não caia no chão. Você pode retê-la o quanto quiser, uma hora não haverá mais baldes, bacias, frascos ou qualquer recipiente para guardar essa água, e ela caíra no chão. Não importa o que você faça, no fim, o fim será sempre o mesmo.

É como se houvesse um buraco, que puxasse todas as coisas para ele, como um imã que puxa tudo e reorganiza de acordo com as energias presentes nos corpos das pessoas. É tudo conexão! Tudo magnético! Nós não temos porra de escolha alguma, a não ser seguir o ritmo da maré. A maré é só uma, não importa para onde você fuja, uma hora ela te puxa. Você pode aguentar firme por algum tempo, mas uma hora você será puxado: é tudo física! Nenhum corpo tende a manter o respouso para sempre, tudo se move, nem que seja por menos de um milímetro.

A maré é que nos leva para outros lugares, e nós simplesmente devemos deixá-la fazer isso. Não importa o quanto você tente lutar contra ela, vai ser sempre uma luta cansativa, e sempre você vai terminar essa briga cansado, e sempre vai perder. É uma luta perdida. A partir do momento em que você coloca o corpo para fora do útero da sua mãe, você já é puxado para a maré, e você simplesmente deve deixar isso acontecer, ser guiado... A outra escolha é simplesmente morrer afogado.

Enfim... Não existe vitória contra a maré... Simplesmente se deixe levar, e fim de papo.

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