quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Solidão

A solidão me conforta. O tempo comigo mesmo ao meu lado, também. Eu ando por ruas tão perdidas, que o infinito dentro de mim mesmo se torna pleno e profundo demais para pode dividir com outras almas por aí espalhadas. Varro a minha mente... medito. Chego a lugares onde eu jamais chegaria se não tivesse ali comigo mesmo e mais ninguém. Não que eu não goste de uma boa companhia, mas estar sozinho é sempre a melhor terapia do espírito humano.

A solidão me conforta... Saber que eu posso mudar, controlar e gerenciar coisas dentro de mim é o que me faz muito mais humano do que eu seria se eu não tivesse tempo para mim mesmo, a sós. Converso comigo mesmo dentro da minha cabeça, tenho inúmeras conversas, inúmeros diálogos, inúmeras indagações, inúmeros... inúmeros! Falo comigo mesmo em voz alta, dou-me ao luxo de impedir a mim mesmo de agir de certas formas, eu controlo o animal dentro de mim, mesmo que às vezes ele pareça indomável. Eu ando, eu fujo, eu ignoro, eu domino, eu surpreendo a mim mesmo, e eu digo: "toda vez você erra e continua errando", falo como se eu fosse mais esperto do que eu mesmo; divido-me em dois: um, o esperto, que sempre age com a razão; o outro, o animal, que age como um asno e que leva tudo pelo lado do coração.

Quando sozinho pelas ruas escuras, eu percebo que não estou só, minha mente está comigo, e o meu coração bate me fazendo companhia. Olho para a Lua, que muitas vezes se esconde com vergonha de mim, e descubro o quanto a vida é bela, e o quanto ainda temos que caminhar por noites escuras para podermos entender o valor que as coisas tem. Todos nós precisamos desses momentos de "fechado para balanço", todos nós... Conhecer-se a si mesmo, eis a palavra chave.

Nenhum comentário:

Postar um comentário